Normalmente, quando pensamos nesta substância orgânica, lembramos de sua utilização como adubo para hortas e jardins. Mas não é só isso: veja a ilustração abaixo e acompanhe o passo a passo da situação de uma praça dotada desta tecnologia.
1. O cocô é recolhido em um saco de plástico biodegradável e, depois, jogado no tambor. O dono do animal precisa girar a manivela para misturar os resíduos e permitir que as bactérias possam agir, liberando gás metano.
2. O metano é distribuído pelos mais de 20 postes instalados, mantendo as chamas sempre acesas. O mesmo gás pode ser canalizado também para fogões colocados na praça para piqueniques e barraquinhas de vendedores de comida.
Luz nas praças
Uma praça cuja iluminação é toda mantida graças aos detritos que os cães deixam por ali. Projetada pelo designer Matthew Mazzotta e batizada de Park Spark, essa praça existe e fica na cidade de Cambridge, nos EUA. Pensando numa forma de dar um fim sustentável aos resíduos animais, Mazzotta desenvolveu um sistema com um grande tambor de ferro onde o cocô dos bichos é jogado e misturado, permitindo que as bactérias possam fazer a decomposição dos resíduos e liberar gás metano. Esse gás, que depois é canalizado, é distribuído por todo o parque, onde é usado para manter a chama dos postes acesas, permitindo que as pessoas possam passear com seus cãezinhos durante a noite em segurança. O projeto foi desenvolvido através do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) e a ideia é espalhar parques que tenham a energia gerada pelo cocô da bicharada por todo o país.
Por Rafael Tonon
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